Eliane Brum recusa prêmio e reafirma compromisso com a ética e a independência no jornalismo
- Redação
- 8 de out.
- 2 min de leitura
Jornalista explica, em vídeo, por que renunciou à premiação “100 + Admirados Jornalistas do Brasil”, após constatar o patrocínio da multinacional Syngenta
A jornalista e escritora Eliane Brum publicou um vídeo em seu perfil no LinkedIn explicando os motivos que a levaram a recusar o prêmio dos 100 + Admirados Jornalistas do Brasil, promovido por Jornalistas&Cia.
Segundo Brum, ao perceber que a Syngenta, uma das maiores multinacionais do setor agroquímico, estava entre os patrocinadores do evento, optou por não divulgar nem votar. Ainda assim, foi escolhida como a quarta jornalista mais admirada na categoria Áudio-Texto, resultado pelo qual expressou gratidão aos leitores e colegas que votaram em seu nome.
“Quando vi que meu nome estava entre os 100 + admirados jornalistas do Brasil e vi que a Syngenta estava entre os patrocinadores, não divulguei, não votei. Mesmo assim, fui escolhida como a quarta jornalista mais admirada na categoria áudio-texto. E por isso sou grata a todas, todes, todos que votaram em mim.”
Em nota, a organização afirmou que Brum teria recusado o prêmio por “razões pessoais” diante de “um apoio recebido por essa premiação”. A jornalista, contudo, rechaçou essa versão, afirmando que “precisamos respeitar a verdade” e que os motivos reais estão detalhados no vídeo divulgado em suas redes.
Com 37 anos de carreira, Eliane Brum reafirmou seu compromisso com a independência editorial e a transparência no jornalismo, valores que, segundo ela, precisam ser constantemente defendidos.
“Obrigada pela confiança de todes que votaram em mim. Me esforço todo dia para merecê-la.”
O vídeo, publicado no LinkedIn, tornou-se um dos mais comentados entre profissionais da imprensa e defensores da liberdade de expressão e ética jornalística no Brasil.
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