Museu de Geociências da USP reabre para visitação pública na terça, 27
- Redação

- 26 de mai.
- 4 min de leitura

A reabertura do Museu de Geociências da Universidade de São Paulo, após 17 meses, traz nova infraestrutura e linguagem para as exposições, com o objetivo de promover um diálogo mais próximo com o público não acadêmico. Gratuitas, as visitas proporcionam uma viagem de conhecimento pelas Ciências da Terra. O Museu de Geociências está localizado no primeiro andar do Instituto de Geociências (IGc), na Cidade Universitária, em São Paulo
A partir de 27 de maio há um motivo a mais para ir à Cidade Universitária, em São Paulo (SP). Nesta data será reinaugurado o Museu de Geociências do Instituto de Geociências (IGc), que estava fechado para reformas desde setembro de 2023. Além de ter suas instalações reformadas com vistas à preservação de sua infraestrutura e acervo, o Museu fortaleceu seu enfoque voltado a levar o conhecimento sobre as Ciências da Terra não só para o público acadêmico, mas para a população em geral.
“A reforma modificou toda a linguagem expográfica do Museu, criando uma narrativa expositiva, que se inicia com a origem do Universo e termina com a atividade humana no planeta”, informa Miriam Della Posta de Azevedo, chefe técnica da instituição. Dessa forma, traz um tema importante para a reflexão dos visitantes, o Antropoceno, que trata da influência do ser humano na dinâmica terrestre. Nesse contexto estão, entre outros aspectos, a responsabilidade do ser humano em relação às mudanças climáticas.
Hoje a instituição conta para os visitantes a história da Terra e como é o planeta por dentro. “O visitante conhece aquilo que não pode ver, mas que faz parte de seu dia a dia”, explica Miriam, referindo-se, por exemplo, aos primeiros elementos químicos formados no planeta e onde hoje eles estão presentes; como são formadas as rochas e muitos outros conhecimentos interessantes. O Museu de Geociências – IGc/USP fica em uma área de 450 metros, no primeiro andar do prédio do Instituto de Geociências da USP e as visitas são gratuitas.
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O 5º maior meteorito encontrado no Brasil - Entre os destaques do acervo estão uma réplica em tamanho natural (14 metros) do dinossauro Allosaurus fragilis e o meteorito Itapuranga, de 624 kg, o 5º maior já encontrado no Brasil. Além disso, fósseis antigos e raros, como os mesossauros, pequenos répteis com cerca de 70 centímetros, mas com uma importância imensa para a ciência, porque foram utilizados para descrever a teoria da Deriva Continental, que revela que os continentes hoje separados por oceanos já estiveram unidos em um único bloco.
Os raros diamantes coloridos - Também serão expostos pela primeira vez na história do Museu uma coleção composta por diamantes coloridos. “É comum encontrarmos diamantes incolores, que são os mais conhecidos das pessoas, e os escuros, que vão para a indústria. Mas os diamantes coloridos são muito raros”, explica Miriam, que informa que a coleção fez parte do acervo de um colecionador particular, que foi comprado pelo Estado em 1954. Posteriormente, os diamantes foram doados para o Museu.
Exposição explica como os diamantes se formam - Na semana seguinte à reabertura do Museu, será realizada uma exposição de curta duração – Kimberlitos e a origem dos diamantes, organizada pelo Prof. Dr. Rogério Guitarrari Azzone, do IGc-USP. Miriam explica que os kimberlitos são as rochas matrizes dos diamantes. Assim, quem visitar a exposição poderá entender, por exemplo, como os diamantes se formam, onde são encontrados e como chegam à superfície. Essa exposição fica no Museu até o final do ano.
Também para a comunidade interna - Antes da abertura do Museu para o público, em 27 de maio, haverá um evento reservado à comunidade interna da USP, no dia anterior. Miriam destaca que o Museu continuará a atender as necessidades específicas de professores e alunos da USP no suporte às aulas. “Para atender ao interesse do público não acadêmico, reorganizamos o acervo e diminuímos a quantidade de minerais expostos para dar lugar a outras peças. No entanto, sabemos o quanto esse minerais são importantes para os acadêmicos. Assim, eles foram organizados em gaveteiros expositores, que são utilizados especificamente pelos professores em suas aulas práticas”, diz.
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Como tudo começou - A criação do Museu de Geociências – IGc/USP tem sua origem no Museu de Mineralogia, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, e a criação do curso de Ciências Naturais, com a disciplina de Geologia e Mineralogia, na década de 1930. A disciplina foi posteriormente transformada no curso de Geologia da USP, em 1957. Não há registro da data formal da fundação do Museu, mas seu acervo começou a ser formado com o objetivo de dar suporte às aulas práticas de Geologia. Assim, inicialmente, o acesso era restrito a professores e alunos da universidade. Com o tempo, o museu foi se estruturando, assim como o acervo foi ampliado, classificado e organizado. As visitas, desta forma, foram abertas ao público de fora da Universidade. Toda essa evolução foi protagonizada por professores, alunos e funcionários que participaram das diversas fases da história do Museu de Geociências.
Museu de Geociências – IGc/USPRua do Lago, 562, 1º andar, Cidade Universitária, Butantã, São Paulo (SP)Reabertura a partir de 27 de maio de 2025O Museu é um espaço público, portanto as visitas são gratuitas. No entanto, a instituição aceita doações.Visitas de escolas devem ser previamente agendadasContatos: 11 3091 3952 ou mugeo@usp.br
Funcionamento do museu
Segunda-feira à sexta-feira, das 9h às 18h.
Sobre o IGc/USP
O Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo tem a proposta de proporcionar a formação profissional de Graduação e Pós-graduação do mais alto nível em Geociências, tornar a profissão de geólogo mais conhecida, apoiar pesquisas em Geociências que possibilitem o progresso científico e tecnológico do país, em sintonia com o desenvolvimento sustentável e divulgar as Geociências e sua importância para a vida e meio físico que a sustenta, via instrumentos da cultura e extensão universitária. O IGc é dotado de infraestrutura analítica das mais respeitáveis, com equipamentos de última geração, que fazem dele um núcleo de pesquisa de excelência em alguns campos do conhecimento científico. Seu corpo docente é altamente qualificado, com a totalidade dos seus membros sendo portadora do título mínimo de doutor. Como resultado, a unidade se distingue por uma atuação marcante que a coloca como um dos centros mais produtivos na Geologia brasileira.


















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