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O Poder Moderador

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O Brasil sempre encontrou soluções engenhosas para enfrentar as crises ao longo de sua história. Foram respostas inesperadas, criativas e únicas: a preservação da unidade nacional no processo de independência, a transição pacífica após a queda do Estado Novo no pós-guerra, a ruptura de 1964 e, mais tarde, o próprio fim daquele regime de exceção.


Em 2021, diante da possibilidade de reeleição de Jair Bolsonaro — seja pelo voto, seja por um eventual golpe de Estado — cresceu a preocupação entre as elites políticas. Havia o temor de que o país fosse sendo transformado em um Estado religioso, restritivo e avesso às liberdades conquistadas nas últimas décadas. O Brasil, tradicionalmente alegre, criativo, musical e generoso, corria o risco de perder sua essência.


Foi nesse contexto que um movimento discreto, quase secreto, começou a se articular para evitar o retrocesso.


Em fevereiro daquele ano, dois ex-presidentes se reuniram no restaurante La Trambouille, em São Paulo, para analisar as possibilidades políticas. Era o início de uma conspiração.


Historicamente, as tentativas de derrubada de presidentes seguiram um roteiro previsível: políticos convenciam os militares e, em seguida, tanques partiam da Vila Militar em Realengo rumo ao centro do Rio. Mas contra um presidente de origem militar, ainda que de baixa patente, essa estratégia parecia inviável. O caminho teria de ser o eleitoral. Para dar forma às articulações, foi chamado outro ex-presidente experiente e habilidoso.


Faltava, porém, um candidato competitivo. O único nome possível era o de Lula, embora condenado e preso no Paraná. Como viabilizá-lo?

Gilmar Mendes, com apoio de Sarney e de Alexandre de Moraes, discípulo de Temer, concluiu que a única saída seria anular os processos da Lava Jato em Curitiba. O ministro Fachin foi escolhido para tomar a iniciativa.


As conversas com Lula avançaram antes mesmo da decisão de Fachin. Foi acordado que Geraldo Alckmin seria um bom vice-presidente e que, no comando da economia, a indicação de um petista moderado — que não rompesse com a política de estabilidade construída nos quatro anos de Paulo Guedes — seria a escolha mais conveniente.


A eleição de Alexandre de Moraes para a presidência do Tribunal Superior Eleitoral, em setembro de 2022, tinha o propósito de garantir firmeza diante das investidas do governo contra o processo democrático: questionamentos às urnas eletrônicas, defesa do voto impresso e insinuações sobre a legitimidade do sistema eleitoral.


Nesse período, o país assistiu a desfiles militares com tanques soltando fumaça, “motociatas” em massa e ameaças quase diárias contra a democracia. Ainda assim, o regime resistiu.

Tudo foi superado.


O que ninguém esperava era uma eleição tão acirrada: votos cruzados em Lula e, ao mesmo tempo, votos de rejeição a Bolsonaro.


Agora, o desafio é unir o país e evitar que governos radicais, de direita ou de esquerda, voltem a comprometer a índole democrática do nosso povo.


A tarefa, no entanto, continua difícil.

 Economia Criativa: O Futuro que Já Começou



Cidades que investem em cultura, criatividade e inovação são mais ricas, mais sustentáveis e mais felizes. A economia criativa não é uma tendência — é a base das economias contemporâneas. Música, cinema, games, design, gastronomia e tecnologia formam um ecossistema que, se bem estruturado, gera desenvolvimento social e econômico.


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