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Claudio Gabriel em exposição no Portão Vermelho, na Fábrica Bhering, no Rio


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Selvagem – num mundo em eterna transformação

Quando alguém se interessa pelo que faz, é capaz de empreender esforços até o limite de sua resistência física.Jean Piaget


Dentre as vanguardas históricas surgidas no início do século XX houve uma, mesmo com curta duração, que questionava os cânones tradicionais da pintura (e também seus pares vanguardistas), desvinculando-se de análises formais, regras de composição, aspectos técnicos, buscando uma arte com relevância nos sentimentos e emoções, em que a cor era o principal agente dessa liberdade pessoal, feroz, com ênfase no instinto forjando um impacto visual vibrante.

Cognominada Fauvismo, essa corrente artística, tal como sua congênere alemã, batizada de Expressionismo, abriu espaço novo para as faturas pictóricas que se seguiram, como reflexão possível ao espectador para além de representação do real. Como diria mais tarde Apollinaire, sob outras circunstâncias, todavia que evocam aqueles postulados, “não se trata mais de copiar, de imitar a natureza”, “mas de uma arte de concepção, que tende a elevar-se até a criação”.


Ao subjetivar as imagens de seu cotidiano, Claudio Gabriel relê as páginas da história com repertório particular mesclado de memórias afetivas de sua infância, entre bichos e gentes, que se nos apresentam nas pinturas pelo viés da cultura pop, vide Batman, ET e Selvagem.


Esta última, que leva o nome da mostra, exibe um assustado Pokemón que nos olha fugindo de um iminente combate entre um assustador Minotauro e um apático UltraSeven, rodeados por outras tantas criaturas enigmáticas. Da cultura popular surge um oratório/Oração cujos raios de luz ou cósmicos viram halos luminosos em Natureza. Em Boca, ouvimos ecoar O Grito de Munch, agora em seu mais profundo abismo.


Em momentos como Ride 1 e Ride 2, temos a irreverência da Bad Painting naquilo que foge ao convencional, aliás, prática que perpassa boa parte dos seus trabalhos. Nos desenhos da série Desabafo, somos encaminhados ao jogo simbólico do pensador suíço Jean Piaget, mais uma vez recorrendo à criança em si e em cada um de nós, para o entendimento do real. Em Panis et Circenses, trazendo referências da Tropicália no título, porém, em suas palavras, “orientado aos aspectos do próprio ser humano, na selva de pedra, ser selvagem, forte, rebelde pra poder suportar os desastres climáticos, guerras e relacionamentos difíceis com as pessoas do planeta”, somos levados a um outro aspecto que atravessa a sua produção – a crítica social, também presente na tela Negacionistas.


Claudio Gabriel é múltiplo, atuando em frentes diversas, sempre curioso, e disponível ao conhecimento por aquilo com que se compromete. Foi assim que, iniciando seu aprendizado em 2010, teve professores capazes de perceber sua inclinação pictórica, orientar seus estudos.


Conforme nos explica Piaget, essa motivação, inerente, nos impulsiona a superar obstáculos. O desejo autêntico de seguir adiante trouxe o artista a esse momento que expõe sua engenhosa verve figurativa, e submete-a ao escrutínio alheio, contudo não se intimida, posto que se move pela verdade que carrega consigo, o amor pelo que faz.


Osvaldo Carvalho


Serviço


Neste sábado, dia 02 de Agosto, no Portão Vermelho!

Abertura da exposição

SELVAGEM

individual de Cláudio Gabriel

+

repeteco PORTÃO VERMELHO EM CARTAZ

Com a presença dos artistas

Deneir + Marcos Muller

assinando seus cartazes

+

exposição BLEQUEUAITI - até dia 30 de Agosto no Ricardo Freitas Atelie Gastronômico


O Portão Vermelho estará aberto das 11h às 18h

No segundo andar da Fábrica Bhering. Rua Orestes 28, Santo Cristo, Rio de Janeiro.


O Portão Vermelho é

Canteiro de Alfaces + Lina Zaldo + Caza Arte Contemporanea


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