NANOPLÁSTICOS: UMA AMEAÇA INVISÍVEL E MASSIVA NO ATLÂNTICO NORTE
- Redação
- 28 de ago.
- 6 min de leitura
Um estudo recente publicado na revista Nature revela uma estimativa alarmante: as águas do Atlântico Norte contêm pelo menos 27 milhões de toneladas de nanoplásticos. Esses fragmentos, imperceptíveis a olho nu por serem menores que um micrômetro, possuem uma massa total que excede o peso combinado de todos os mamíferos terrestres selvagens. A informação foi divulgada por pesquisadores citados pela Folha.
A pesquisa envolveu a coleta de amostras ao longo de uma expedição de quase 3.500 milhas náuticas no Atlântico Norte. Os nanoplásticos foram identificados desde a superfície até profundidades de 4.500 metros, com uma concentração média de aproximadamente 25 mg por metro cúbico de água, equivalente ao peso de uma pena grande. Os autores alertam que, devido ao seu tamanho diminuto, os nanoplásticos podem ser facilmente incorporados por organismos marinhos, expondo-os de forma contínua, uma preocupação amplamente debatida por especialistas como Tengfei Luo, conforme citado no texto.
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Análise: Pedro Prata, Gerente Sênior de Instituições e Políticas na América Latina na Fundação Ellen MacArthur
"O estudo recém-publicado na Nature, que estima a presença de pelo menos 27 milhões de toneladas de nanoplásticos nas águas do Atlântico Norte, é mais uma evidência do grau alarmante da poluição plástica no meio ambiente. Isso reforça a urgência de uma ação global coordenada entre os países para enfrentar essa crise.
O Tratado Global de Plásticos representa uma oportunidade histórica para mudar o rumo dessa trajetória. Ele pode estabelecer regras claras e harmonizadas para eliminar a poluição plástica pela raiz, compensando o design de produtos e embalagens, reduzindo a produção de plásticos desnecessários e promovendo modelos de negócios circulares, que mantêm materiais em uso por mais tempo. Daqui a apenas duas semanas teremos mais um encontro para discutir e deliberar sobre esse tratado e é necessário, mas do que nunca, que as delegações sejam ambiciosas e comprometidas.
Não basta apenas controlar a poluição plástica, precisamos harmonizar as regras que permitem que o plástico nunca se torne eliminado e não vá parar nos oceanos. Esperamos que os governos coloquem o bem-estar humano em primeiro lugar e assinem esse tratado, que será essencial para reduzir a poluição, além de gerar enorme economia para as nações, além dos benefícios ambientais e sociais."
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NATURA APRESENTA PLANO PARA REGENERAÇÃO AMBIENTAL E SOCIAL ATÉ 2050
A Natura anunciou sua aspiração de se tornar uma empresa regenerativa até 2050. Esta meta, apresentada em conjunto com o novo plano de sustentabilidade da companhia, propõe ir além da simples neutralização de impactos, buscando gerar efeitos positivos para o meio ambiente e a sociedade. As ações delineadas incluem a recomposição de vegetação nativa, o aumento de investimentos em ciência da floresta e o desenvolvimento de uma nova estratégia para a biodiversidade.
A empresa visa atuar na regeneração de três sistemas fundamentais: clima, biodiversidade e sociobiodiversidade. Adicionalmente, a Natura pretende estabelecer modelos de negócio que valorizem as comunidades locais e promovam o uso sustentável dos recursos naturais, com foco especial na Amazônia, onde já mantém parcerias com mais de 10 mil famílias. O plano detalha metas de curto, médio e longo prazos, integrando-se à consolidada trajetória de atuação ambiental da marca. A Natura já havia comunicado sua ambição de alcançar emissões líquidas zero até 2030 e de incorporar a ciência do bem-estar em seu modelo de negócios.
Victoria Almeida, Gerente de Programa para a América Latina na Fundação Ellen MacArthur
"É animador, do ponto de vista da economia circular, ver uma empresa assumir a regeneração como um pilar central de sua estratégia de sustentabilidade. A regeneração é um dos três princípios fundamentais desse modelo, ao lado da eliminação de resíduos e da circulação de produtos e materiais. O conceito de economia circular parte da ideia de gerar impacto positivo a partir da atividade econômica, indo além da lógica de “fazer menos mal”. Nesse sentido, priorizar a regeneração significa não apenas mitigar danos, mas contribuir para a recuperação de ecossistemas e comunidades. A lógica também faz sentido do ponto de vista econômico.
As empresas dependem diretamente dos recursos naturais para manter suas atividades e criar valor. Cuidar desses recursos, portanto, é uma forma de proteger e fortalecer a própria base da atividade econômica. Ao investir em soluções regenerativas, como práticas agrícolas que recuperam o solo, cadeias produtivas que valorizam a floresta em pé ou embalagens que retornam ao sistema, as empresas criam um ciclo virtuoso de valor ambiental, social e econômico. Mais do que uma ação isolada, a priorização da regeneração pela Natura faz parte de um movimento crescente no setor privado. Esperamos que essa visão ganhe força também em outras empresas, não apenas pelo seu potencial de impacto positivo no meio ambiente, mas pelo valor que ela gera para os próprios negócios. Além disso, é importante lembrar que os outros princípios da economia circular também têm papel essencial na regeneração: eliminar resíduos e manter materiais na circulação contribui diretamente para a saúde dos ecossistemas. Quanto mais as empresas integrarem todos esses princípios em seus produtos, modelos de negócio e operações, maior será sua contribuição para enfrentar as crises do clima e da biodiversidade."
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REFLORESTAMENTO EM ESCALA GLOBAL: NOVO MAPEAMENTO IDENTIFICA ÁREAS SEGURAS
Um estudo recente mapeou as áreas com maior potencial para reflorestamento global, considerando tanto os benefícios climáticos quanto os riscos sociais e ecológicos. Os mapas identificam 195 milhões de hectares — uma extensão territorial equivalente ao México — onde o plantio de árvores pode ser realizado sem causar prejuízos às comunidades locais ou à fauna. As regiões prioritárias incluem áreas no Brasil, Colômbia, Europa, leste dos Estados Unidos e oeste do Canadá.
De acordo com os autores, o reflorestamento nessas regiões poderia remover até 2,2 bilhões de toneladas de dióxido de carbono da atmosfera anualmente. Esta abordagem mais conservadora foi adotada após críticas a estudos anteriores que incluíam ecossistemas sensíveis, como savanas, e negligenciavam impactos sociais. O novo levantamento exclui zonas recentemente afetadas por incêndios e concentra-se em florestas densas, com copa fechada.
Publicado na revista Nature Communications, o estudo foi liderado por pesquisadores da The Nature Conservancy. A autora sênior, Susan Cook-Patton, enfatizou que o reflorestamento é uma das estratégias mais eficazes para a remoção de CO₂ atmosférico, contanto que seja implementado por meio de estratégias locais. Ela reforça que, embora as árvores plantadas não eliminem a necessidade de redução de emissões, constituem uma medida essencial diante do volume de carbono já acumulado.
CEDRO ROSA DIGITAL: LIDERANÇA EM MÚSICA CERTIFICADA GLOBALMENTE
A Cedro Rosa Digital é uma plataforma inovadora dedicada a facilitar o acesso e a utilização de música certificada em escala mundial. Nosso foco é fornecer um extenso catálogo de obras musicais para licenciamento, atendendo às demandas de produtores audiovisuais, agências de publicidade e uma vasta gama de criadores de conteúdo. Comprometemo-nos com a promoção de uma indústria musical transparente e ética, assegurando o respeito aos direitos autorais e a disponibilidade de música de alta qualidade para as mais diversas aplicações.
Por meio de uma curadoria rigorosa e um sistema de certificação robusto, garantimos que cada faixa em nosso acervo representa excelência e conformidade legal. Isso simplifica a integração musical em projetos de grande envergadura e impulsiona a inovação.
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O Brasil Musical: Um Ativo Global Ainda Pouco Explorado
O Brasil tem uma das maiores biodiversidades sonoras do planeta. Do choro ao samba, do forró ao funk, do maracatu ao jazz brasileiro, nossa música encanta o mundo. Mas os mecanismos de proteção, distribuição e monetização ainda são frágeis.
É nesse contexto que a Cedro Rosa Digital faz diferença, ao oferecer certificação internacional, organização dos direitos autorais e acesso aos mercados globais, permitindo que compositores e produtores brasileiros sejam remunerados de forma justa, e que nossa música continue ecoando pelo mundo.
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