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O País dos Engenheiros



IVAN NUNES FERREIRA
IVAN NUNES FERREIRA

Assisti recentemente a uma entrevista, no programa da Cristiane Alampur (CNN) que me chamou a atenção. O fabuloso biógrafo Walter Isaacson entrevistou o autor chinês do livro “Breakneck”, Dan Wang.


A tese do livro, que ainda lerei, era, em síntese, de que o avanço da China para o predomínio mundial se deveria ao fato de esta ser um país composto de engenheiros e os EUA um país de advogados. Aqueles tratam de construir pontes, trens-bala e projetos de infraestrutura, enquanto estes, na maioria voltados à litigância, serviriam apenas para atrapalhar ou complicar os negócios.


Ninguém pode iludir-se: quando uma civilização exporta seu domínio econômico, também o faz em relação aos seus valores culturais.


Muitos chineses formam-se em engenharia, inclusive, nas boas universidades americanas. Mas vale indagar: qual o interesse de um chinês, russo ou norte-coreano em graduar-se em Direito, nos EUA ou nos seus próprios países?


O exercício da advocacia só se coaduna com a liberdade econômica e a iniciativa empresarial; com a propriedade privada; com a liberdade de expressão e de criação artística, coisas escassas nesses países.


Basta ler o livro “Alerta Vermelho”, de Bill Browder, para saber o que acontece quando um advogado desafia o governo nessas autocracias.


Por outro lado, Stuart Mills; Rabelais; Voltaire ou Balzac não sobreviveriam hoje nesses países.

Ayn Rand deu sorte em fugir da Rússia para os EUA antes que acabasse num Gulag.


Evidentemente que nós , brasileiros, deveríamos investir muito mais no que passou a se denominar educação STEM (ciência; tecnologia; engenharia e matemática) e desde o ensino básico, mas sem jamais abandonar os valores que marcam a civilização ocidental à qual estamos historicamente vinculados.


Uma advocacia punjante constitui sintoma de uma sociedade livre e plural, embora devamos desburocratizar muito nossas relações com o Estado e entre empresas, para que os advogados sirvam mais para formalizar estruturas empresariais e resolver problemas do que viver de litígios eternos.


Entretanto, para aqueles que gostam de ”lamber as botas“ dos chineses e desprezar as democracias ocidentais , fica a advertência de que a liberdade é incompatível com o dirigismo estatal que eles também não pouparão em incultir ou exportar, a partir do que expressou Dan Wang na sua entrevista.


Os artigos de opinião de nossos cronistas convidados não refletem necessariamente a posição do portal CRIATIVOS!


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